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sexta-feira, 22 de abril de 2011

postheadericon Violência doméstica ou violência contra crianças e adolescestes

O ser humano é, por natureza, violento. O homem sempre gerou violência ao longo de sua história e continua fazendo isso até os dias de hoje. Só existe uma maneira de nos livrarmos dessa infeliz carga hereditária: a educação.

Infelizmente o maior meio de comunicação utilizado pela humanidade hoje, a TV, nos educa ao uso da violência. Não pense que a educação é de responsabilidade dos pais, da escola, dos professores. Ela é também SUA responsabilidade. É você que, no fundo, vai fazer a diferença.

Formas de Violência

A violência doméstica contra crianças e adolescente pode se manifestar de diversas maneiras além da agressão física. Assim, é comum a violência através de ameaças, humilhações e outras formas que afetam psicologicamente as crianças e adolescentes.

Outra forma constante de violência é a omissão: alguns pais deixam de fornecer os cuidados necessários ao crescimento de seus filhos, que passam a sofrer privações essenciais à sua formação, como falta de carinho, de limpeza e, até mesmo, de alimentação adequada. Vale ressaltar que nem sempre essa omissão é decorrente da situação de pobreza em que a família vive.

Uma das maneiras mais perversas de violência contra a criança e o adolescente é o abuso sexual. Mais comum do que se acredita, ele acarreta fortes traumas nessas pessoas.

Como perceber a existência de violência?

Crianças e adolescentes, vítimas de violência doméstica, costumam apresentar vários sintomas físicos e psicológicos associados, o que pode ser observado através de seu comportamento.

Assim, é interessante estar atento a marcas na pele e fraturas, lembrando que podem ser decorrentes de violência, especialmente quando reiteradas. As marcas podem ser deixadas por queimaduras ou por algum objeto doméstico como cinto, ferro de passar roupas e cabides.

Além disso, a própria aparência da criança pode ser motivo para se suspeitar de violência doméstica, demonstrando falta de alimentação adequada (nem sempre decorrente da pobreza) e falta de asseio e higiene, por exemplo.

Pais que maltratam seus filhos, às vezes, são também negligentes em outros aspectos: impedindo-os de freqüentar a escola ou deixando de dispensar cuidados com a saúde da criança, que apresenta diversas vezes alguma moléstia, por exemplo.

A criança ou adolescente, vítima de violência, sofre freqüentemente fortes traumas e reage a eles de maneira diversa. Assim, alguns modificam seu comportamento regular, tornando-se tristes, agressivos, rebeldes, tensos ou infantis para sua idade. Às vezes, apresentam dificuldade em compreender os ensinamentos, recusa-se a participar das atividades propostas e faltam às aulas.

Por fim, vale ressaltar, aspectos referentes à sexualidade que por vezes se manifesta visivelmente incompatível com a faixa etária da criança. Também são verificados, em alguns casos, sintomas de doenças sexualmente transmissíveis, certamente decorrentes de abuso sexual.

Muitas outras características são verificadas nessa crianças e adolescentes. O educador certamente perceberá, com a necessária lucidez, outras que aqui não forma mencionadas. Várias dessas evidências em conjunto levam à suspeita de violência, demandando especial cuidado por parte da equipe da escola.

O que fazer diante de suspeitas ou de casos de violência?

Quando a criança ou o adolescente passa a apresentar várias características de maus tratos associadas, há que se levantar a hipótese de que esteja sofrendo agressões. Nesse caso, uma averiguação cuidadosa deve ser realizada. É conveniente que esse procedimento seja desenvolvido com a ajuda de outros profissionais, como psicólogos, médicos e advogados.

A comunicação às autoridades competentes é certamente uma medida essencial para o melhor encaminhamento do caso. Assim, devem tomar conhecimento do ocorrido o Conselho Tutelar da região, o promotor de justiça da infância e da juventude, o juiz da infância e da juventude, a autoridade policial, os órgãos governamentais de assistência à criança e ao adolescente, como o SOS criança, e Centros de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente se existentes na região.

Como contribuir para a prevenção à violência contra a criança e o adolescente?

Os educadores certamente se encontram em uma posição privilegiada para tratar de assuntos referentes a crianças e adolescentes. Portanto, sua contribuição é essencial para que se desenvolvam e se consolidem os mecanismos de proteção aos direitos da criança e do adolescente previstos no ordenamento jurídico brasileiro.

Cada educador, isoladamente ou o grupo de educadores da escola em conjunto, tem o poder de influenciar na realidade existente na localidade em que atua. Sugere-se a seguir algumas formas de atuação:

Formação de grupos de educadores para estudo e discussão desse tema na escola;

Formação de núcleos interdisciplinares (composto por professores, médicos, advogados, psicólogos etc.) para o tratamento do tema;
Atuação junto ao Conselho Tutelar;

Atuação junto ao Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente;

Fomento da discussão sobre o tema através, por exemplo, de debates com a presença das autoridades envolvidas com casos de maus tratos contra crianças e adolescentes.

Quem denuncia a violência?

DENUNCIANTE

NÚM

%

MÃE

773

45,0

PAI

448

26,1

DEN. ANON.

317

18,5

VIZINHO

59

3,4

TIO (A)

54

3,1

IRMÃ (O)

22

1,3

CONHECIDO

20

1,2

PMPE

7

0,4

N.I.

6

0,3

AVÔ (Á)

5

0,3

VÍTIMA

3

0,2

CUNHADO (A)

1

0,1

MADRASTA

1

0,1

TOTAL

1.716

100

Por idade do agredido

Idade

Núm.

%

2 Anos

119

6,9

3 Anos

118

6,9

4 Anos

116

6,8

5 Anos

115

6,7

1 Ano

113

6,6

6 Anos

113

6,6

8 Anos

102

5,9

16 Anos

102

5,9

7 Anos

92

5,4

10 Anos

89

5,2

12 Anos

90

5,2

15 Anos

90

5,2

11 Anos

88

5,1

13 Anos

87

5,1

9 Anos

84

4,9

17 Anos

84

4,9

14 Anos

69

4,0

N.I.

40

2,3

0 Ano

5

Atenciosamente, Conselheiros Tutelares de Toritama – PE.

Wendell Galdino,Ivanildo Vieira,Silvanildo “Kiko”,Juciana Tavares e Lusmário Hilário

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