Com o fim do Seminário Todos por Pernambuco, na semana passada, o deputado Diogo Moraes (PSB) registrou o alto índice de queixas quanto aos serviços prestados pela Celpe, em todas as regiões do Estado. “Muitos alegaram a rapidez da companhia para cortar o fornecimento de energia e a demora excessiva em atender a um pedido dos clientes”, ressaltou. Diogo Moraes frisou que, em dez anos de privatização, a Celpe acumulou mais de R$ 2 bilhões em lucro líquido. O montante, entretanto, não é revertido em investimentos nem no aumento da oferta de energia. “Além disso, há o descaso com as zonas rurais e os constantes apagões”, acrescentou. Em apartes, o 1º secretário da Casa, deputado João Fernando Coutinho (PSB), lembrou “a CPI da Celpe, instalada na Assembleia de Pernambuco, em 2007, na qual foram apuradas as denúncias”, mas lamentou a repetição do problema. Sérgio Leite (PT), que presidiu a CPI, à época, destacou a falta de investimentos na manutenção das redes de abastecimento e falhas na fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Daniel Coelho (PV) informou a promoção de um Grande Expediente Especial, no dia 19 de maio, para tratar o tema. “As reclamações contra a Celpe estão no topo da lista dos órgãos de defesa do consumidor do Estado”, acrescentou o líder do Governo, deputado Waldemar Borges (PSB). Maviael Cavalcanti (DEM) elogiou a retomada do tema, tendo em vista as “ingerências cometidas pela Celpe”.