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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

postheadericon A Justiça de Franca, no nordeste de São Paulo, condenou o padre José Afonso Dé - acusado de molestar coroinhas



RENE MOREIRA, ESPECIAL PARA O ESTADO / FRANCA - O Estado de S.Paulo
A Justiça de Franca, no nordeste de São Paulo, condenou o padre José Afonso Dé - acusado de molestar coroinhas -, de 76 anos, a uma pena de 60 anos e 8 meses de prisão pelos crimes de estupro e atentado violento ao pudor. A pena é em regime fechado, mas a defesa obteve um habeas corpus para que o religioso responda em liberdade até o julgamento do recurso.
A decisão, tomada pela 2.ª Vara Criminal, refere-se a crimes cometidos ainda no ano passado quando Padre Dé, como era chamado pelos fiéis, dirigia a Paróquia São Vicente de Paulo, em um dos bairros mais populosos de Franca.
Durante o inquérito quatro adolescentes que atuavam ou que chegaram a atuar como coroinhas na igreja, na faixa entre 11 e 16 anos, contaram à polícia terem sidos molestados pelo religioso.
O caso chamou atenção e, na época, o padre convocou uma entrevista coletiva para se defender. Alegou que sempre foi muito afetivo e isso poderia ter gerado alguma confusão. "Podem ter interpretado mal um gesto de carinho, uma carícia...", disse em um trecho da entrevista. Em outro, completou: "Nunca cheguei perto de um menino com desejos sexuais".
A decisão saiu há quatro meses, mas somente agora se tornou pública porque corria em segredo de Justiça. O padre chegou a depor na CPI da Pedofilia do Senado Federal.
Durante o inquérito na Polícia Civil, mais de 30 pessoas foram ouvidas e as vítimas contaram que o padre as chamava para tomar café da tarde, quando ocorria o assédio. Padre Dé não negou o costume, mas garantiu que os atos foram "mal interpretados".
A delegada Graciela de Lourdes David Ambrósio, responsável pelo inquérito, disse que não vai se manifestar por não ter sido informada oficialmente sobre a decisão e porque o processo corre em segredo de Justiça.
Na 2.ª Vara Criminal, a informação também é de que nada será dito, assim como no Ministério Público.
O padre está desde o ano passado afastado da igreja e também se nega a falar sobre o assunto.
Outro caso. A delegada da Mulher em Londrina, Elaine Aparecida Ribeiro, disse ontem que as testemunhas ouvidas no inquérito que apura estupro de um padre a uma menina de 7 anos, no domingo, em um clube da cidade, disseram que havia outra criança que também teria sofrido as mesmas agressões. O padre Marco Túlio Simonini, de 51 anos, estava detido até ontem no 2.º Distrito Policial, mas seu advogado, Abraham Lincoln da Silva, tentava conseguir sua liberdade. Em depoimento à delegada, o padre negou que tenha cometido qualquer abuso contra as meninas. / COLABOROU EVANDO FADEL 
Colaboração Local: Wendell Galdino

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