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terça-feira, 25 de maio de 2010

postheadericon Costurar também é coisa de homem em Toritama


Costurar e bordar jeans não é coisa só de mulher em Toritama, no Agreste de Pernambuco, a pouco mais de duas horas da capital Recife. O machismo nordestino do “cabra macho” está longe de ser parte da realidade desse mercado. Toritama, ao lado de Surubim, Caruaru e Santa Cruz do Capibaribe, integram um Arranjo Produtivo Local (APL) formado por 17 cidades que somam 15 mil empresas e geram 120 mil empregos diretos e 360 mil indiretos

Wellington José Neves de Lima, 42, trocou a profissão de frentista e salário mínimo pela de costureiro e salário de até R$ 900, em Toritama (PE)

Apesar de apenas 10% dos empregados serem homens, nenhum deles parece se envergonhar de vergar linha e agulha para obter seu sustento. Para o costureiro Edilson Santos Silva, 41, por exemplo, trabalho é trabalho. “Homem aqui é trabalhador, seja na enxada ou na máquina de costura. Problema é para quem deixa a mulher em casa”, brinca.

No interior da confecção na qual trabalha, no ponto quente das vendas do município, por entre tecidos, linhas e máquinas e ao lado de um batalhão feminino, Wellington José Neves de Lima, 42, tem é orgulho de levar o sustento de sua família literalmente às mãos. “Há pouco mais de duas décadas, venho me dedicando à confecção de peças em jeans", diz. Eu não estava satisfeito trabalhando como frentista de posto de gasolina.” Na cidade, um frentista ganha, em média, um salário mínimo. Já um costureiro experiente recebe entre R$ 800 e R$ 900 por mês e, dependendo da época, pode-se ganhar até R$ 400 por semana.

Fonte: IG

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