PRIMEIRO TEMPO

Desde o princípio, o Goiás mostrou por que não consegue se aproximar dos primeiros colocados. Um futebol lento, burocrático e pouco objetivo foi tranquilamente neutralizado pelo Salgueiro.

A equipe pernambucana se posicionava bem na defesa e isso era o bastante para evitar lances de maior perigo. Ao mesmo tempo, tentava o ataque, mas só chutava de longe. Foi assim que Piauí e Renê finalizaram e erraram aos 7 e aos 18 minutos respectivamente.

A primeira boa trama ofensiva foi do Salgueiro, aos 23 minutos. Como pivô, Josy recebeu na área e ajeitou para a chegada de Toni, que chutou. A bola desviou num zagueiro e foi em direção ao gol. Harlei tirou para escanteio.

Não foi o suficiente para esquentar o jogo. Diniz tentou um chute de 40 metros, errando feio, e pouco depois, quando Douglas cruzou nas costas da zaga, Iarley se esticou mas não conseguiu escorar.

A primeira defesa de Luciano aconteceu aos 38 minutos, em cobrança de falta de Diniz. Mas, em vez de o Goiás crescer, foi a vez do Carcará fazer a sua ferida.

No minuto seguinte, Josy recebeu perto da entrada da área, deixou com um drible Marcinho Guerreiro no chão e soltou um tiro no alto do gol, encobrindo Harlei. Um golaço.

E o atacante ainda tentou o segundo, com um chute forte da esquerda da área, defendido por Harlei.

Fechado, o Salgueiro escapou da derradeira tentativa do Goiás ao fim da primeira etapa. Um chute de Diniz esbarrou num zagueiro, aos 44 minutos.

SEGUNDO TEMPO

Vale registrar o intenso protesto de torcedores do Goiás, junto ao local onde se reúnem os dirigentes, no intervalo da partida. Os jogadores parecem ter assimilado a necessidade de ter uma postura mais aguerrida em campo.

Logo nos primeiros segundos, Hugo chutou forte, e Luciano defendeu em dois tempos. Aos 3 minutos, Marcinho Guerreiro recebeu sozinho, dominou e bateu. Luciano desviou e ela explodiu na trave.

O Salgueiro respondeu imediatamente. Toni avançou, viu que tinha espaço, entrou na área do Goiás e bateu forte. Harlei fez ótima defesa, aos 4 minutos.

Mas o Goiás voltou a pressionar. Alan Bahia soltou uma bomba ao lado da trave esquerda. Aos 14, Marcinho Guerreiro acertou uma meia-bicicleta no travessão.

O Salgueiro reagiu com Renê. O meio-campista soltou a bomba e Harlei tirou com a ponta dos dedos, aos 16.

O técnico Barbieri, do Salgueiro, optou por fortalecer a defesa quando teve de substituir Pio, contundido. Pôs o zagueiro Alemão.

O Goiás continuou tentando. Aos 26, Rafael Tolói colta a bomba à queima-roupa, após escanteio, e a bola explode no peito do goleiro Luciano, que depois consegue segurar a bola.

Pouco depois, Pardalzinho fez boa jogada, tocou para a chegada de Douglas, pela direita, e o jogador, cara a cara com o goleiro, indeciso, terminou perdendo a oportunidade de marcar.

Aos poucos o gás do Goiás foi se esvaindo, e o time passou a impor menos perigo. Mas os últimos minutos ainda reservariam mais emoções.

Aos 42, Luciano saiu de soco em cobrança de escanteio e bloqueou um cabeceio de Wellington na pequena área, salvando o empate. No contra-ataque, Ricardinho ficou no mano a mano com um zagueiro, se aproximou do gol e bateu. Harlei defendeu. O lance prosseguiu. O Salgueiro retomou e o meia Edmar foi acionado na área. E ele levou uma rasteira de Marcinho Guerreiro, ao tentar o drible. Pênalti.

Na cobrança, Harlei saltou para a esquerda e defendeu o chute de Paulo Santos. A competência que ele teve para evitar o gol, entretanto, não foi vista pela parte ofensiva de sua equipe, que terminou amargando mais uma derrota, a quarta nos últimos seis jogos.