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terça-feira, 10 de maio de 2011

postheadericon Militar só trabalha seguindo à risca o que dizem as normas. Medida é para pressionar Estado a aumentar salário


Policiais militares de Pernambuco iniciam nesta segunda-feira )9) uma operação-padrão, a chamada greve branca. A decisão foi tomada na última sexta-feira (6), após assembleia da categoria em frente ao Palácio do Campo das Princesas. Na manhã de domingo (8), questionado sobre como o governo vai reagir ao procedimento anunciado pela categoria, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, se esquivou e informou que quem fala sobre o assunto é o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio. Eduardo comunicou apenas que o projeto de reajuste salarial para os policiais já foi encaminhado à Assembleia Legislativa.

Os PMs deixaram claro, na sexta-feira, que não aceitam a proposta. Enquanto a categoria pede equiparação salarial com a Polícia Civil, que tem salário inicial de R$ 2,4 mil, o governo ofereceu R$ 1.876,40 para soldado em início de carreira. Com gratificação de R$ 400, o salário chegaria no próximo ano a R$ 2.276,40, com acréscimos até 2014. Os policiais, no entanto, não abrem mão de que o salário inicial sem gratificação seja igual ao de um policial civil.

A operação-padrão é a última tentativa de pressão para que o governo apresente uma nova proposta. Na prática, as seis associações que representam os integrantes da categoria decidiram que os policiais que estiverem na rua vão seguir ao pé da letra o que manda as normas técnicas. Um dos pontos é em relação aos motoristas das viaturas. Segundo o comando da categoria, apenas aqueles que tiverem carteira de habilitação D ou E estão aptos a dirigir.

Além disso, apenas os motoristas que passaram por capacitação específica podem conduzir as viaturas. Outro exemplo é a utilização de coletes à prova de balas. Os policiais só vão participar das rondas se o equipamento de proteção estiver com menos de cinco anos de uso. A operação-padrão também modifica a conduta dos policiais militares durante as abordagens. De acordo com o sargento Ricardo Lima, da Associação dos Subtenentes e Sargentos de Pernambuco, será adotada a tolerância zero. "Isso significa que todas as ocorrências serão levadas à delegacia. Em abordagens a veículos particulares, todos os itens serão checados", explicou. Na sexta-feira, antes da assembleia, policiais realizaram passeata pelas ruas do Centro e fizeram o enterro simbólico do Pacto pela Vida, programa de segurança pública do Estado.

REUNIÃO
- No mesmo dia, os policiais também decidiram marcar reunião com o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Guilherme Uchoa, para convencê-lo a não aprovar a proposta de reajuste do governo. Esta reunião pode ocorrer nesta segunda à tarde.

Fonte: JC Online

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